30 de janeiro de 2008

CRYING revisitado

A música já é um espetáculo. O autor, um gênio - que interpretou muito bem enquanto esteve vivo.
Mas esta "versão" conseguiu unir o útil ao agradável: boa música com uma interpretação INCRÍVEL.



Como definiu (muito bem) um amigo meu, "foda, foda, foda".

AÇÃO SOCIAL E MARKETING

Retomo a discussão sobre o tal "marketing social" (ou derivações estúpidas) a partir de uma matéria da Folha de São Paulo (de 25/12/2007), graças a uma contribuição do amigo e chefe Nilson.

Primeiro, vamos ao texto da Folha - eu comento logo depois.

A preocupação socioambiental das empresas é um reflexo fiel da realidade ou elas estão somente aproveitando o momento de maior preocupação com o planeta para valorizar suas marcas? Essa é uma pergunta que sempre gerou debates acalorados entre especialistas, mas que agora ganhou um novo tempero: a multiplicação das campanhas publicitárias relacionadas ao tema. Aos olhos do consumidor, de repente todo mundo parece se preocupar com a sustentabilidade. E agir em nome dela.
"Realmente estamos vendo uma onda de campanhas ligadas ao tema. E não há uma resposta simples: as áreas de marketing das empresas respondem, sim, a um ambiente de maior preocupação social e ambiental, mas ao mesmo tempo seria irresponsabilidade de um profissional da área bancar uma campanha com esse apelo sem encontrar nenhuma coerência com o discurso e as práticas da própria empresa. O risco é muito grande", aponta o secretário-executivo do Gife (Grupo de Institutos Fundações e Empresas), Fernando Rossetti.
É fato que o tema ganhou relevância no mundo corporativo nestes últimos anos. O universo de empresas brasileiras que podem ser chamadas de "responsáveis" aumentou consideravelmente, assim como a cobrança nesse sentido, e a percepção de que se preocupar com aspectos sociais e ambientais faz bem para o negócio passou a incorporar as modernas práticas de gestão empresarial.
Não por acaso, a própria definição de sustentabilidade no meio é ancorada em como aliar a geração de lucros (econômico) com o respeito ao indivíduo (social) e a preservação do planeta (ambiente). Em inglês, o "triple botton line".
As campanhas publicitárias ligadas à sustentabilidade, no entanto, ainda são vistas com desconfiança pelos consumidores. Segundo pesquisas de opinião, há uma percepção generalizada de que as empresas só adotam ações de responsabilidade socioambiental com objetivos de marketing. Ou seja, fazem mais para fora do que para dentro. Ao mesmo tempo, as empresas consideram legítimo divulgar suas práticas e ações socioambientais, até como forma de valorizar a marca.
Para o economista José Eli da Veiga, coordenador do Núcleo de Economia Socioambiental (Nesa) da FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP), o resultado dessas campanhas acaba sendo positivo.
"Ainda que a maioria das empresas use o tema da sustentabilidade de maneira oportunista, isso acaba a levando a pensar mais seriamente essas questões, até porque seus próprios clientes, funcionários e fornecedores vão bem ou mal receber essa mensagem", afirma.
"A empresa que faz isso por oportunismo corre o risco de o feitiço virar contra o feiticeiro. Afinal, ela está ensinando os públicos com quem se relaciona a dar mais importância ao tema da sustentabilidade."

Há quem considere, de qualquer forma, que algumas empresas estão exagerando na dose, utilizando a sustentabilidade como foco de suas campanhas publicitárias sem terem esse conceito minimamente incorporado às suas práticas internas e externas.
"O longo caminho na busca pela almejada sustentabilidade parece estar aumentando a ansiedade de muitas empresas em comunicar suas "iniciativas de responsabilidade corporativa" sem o devido cuidado", escreveu a especialista em comunicação voltada à sustentabilidade Juliana Raposo, em artigo publicado no site do Gife. "A sustentabilidade não é uma nova commodity, porque exige um processo de mudança interdisciplinar relacionado com a gestão corporativa e com impactos gerados pela empresa."
Um dos maiores problemas nesse sentido, apontam os especialistas, está no risco de as empresas passarem a orientar suas ações de responsabilidade socioambiental com as lentes do marketing. Ou seja, deixarem de apoiar projetos e práticas sem apelo nos consumidores para priorizar as que tragam maior retorno de imagem.
"Esse é um risco grande e está de fato se manifestando. A questão-chave é que o horizonte da ação de marketing é de curto prazo, pontual, enquanto a de responsabilidade socioambiental é de longo prazo. Quando se "cola" a visão social aos projetos de marketing, pode se estar encurtando a visão das empresas em relação aos conceitos de sustentabilidade", diz Rossetti, do Gife.

Como diferenciar quem é de fato responsável e quem é oportunista? Uma boa pista para saber se uma empresa está mais interessada no marketing do que na causa que ela apóia é o orçamento de suas campanhas ligadas ao tema. Se esse orçamento é maior do que o próprio investimento da ação socioambiental, há espaço para desconfiança. Como o investimento social de cada empresa não é necessariamente um dado transparente -há levantamentos estatísticos sobre esses números, mas os dados não são abertos por empresas-, resta ao consumidor pesquisar.
"Em um momento em que todos falam de sustentabilidade, fica mais difícil identificar quem de fato acredita nessa idéia. Uma das maneiras é procurar as informações sobre as empresas, que ações desenvolvem e se suas próprias práticas de gestão são responsáveis", afirma o presidente da Fundação Telefônica, Sérgio Mindlin, um dos pioneiros da responsabilidade corporativa no Brasil.

O primeiro ponto que eu gostaria de destacar é justamente o trecho que refere-se à diferenciação entre a empresa "de fato responsável" e a "oportunista" (para usar os termos da matéria, assinada por André Palhano). Tratei deste ponto antes - para ser mais preciso, aqui, quando anotei que o banco HSBC gastou mais com a comunicação e promoção de seu produto "sustentável" do que com o produto em si. Seguindo a linha de raciocínio do jornalista André Palhano, pode-se concluir que o HSBC foi oportunista e não tem, na verdade, grande interesse pelo assunto - apenas tenta aproveitar um modismo.
Complementarmente, outros posts anteriores também tratam de temas correlatos: aqui e aqui.

Na seqüência, é importante apontar um erro gravíssimo na declaração do secretário executivo do GIFE. Ele diz que o horizonte da ação de marketing é de curto prazo, pontual, enquanto a de responsabilidade socioambiental é de longo prazo. Quando se "cola" a visão social aos projetos de marketing, pode se estar encurtando a visão das empresas em relação aos conceitos de sustentabilidade.
Nada mais errado !!!!!
Parece que o Sr. Rossetti entende que "marketing" é igual a "propaganda" - um erro conceitual grave, conquanto freqüente.
O horizonte da ação de marketing pode ser de longo prazo, como muitas empresas vêm demonstrando. Por outro lado, também é possível vislumbrar um horizonte de curto ou médio prazos - tudo depende do tipo de produto, da empresa, das características do mercado-alvo etc.
Basta uma rápida consulta às teorias que tratam do "marketing de relacionamento" para derrubar este deslize do Sr. Rossetti.
Um deslize grave, pois o GIFE é uma entidade bastante respeitada dentro deste tema....
Há empresas que buscam estabelecer um relacionamento de longo prazo com seus clientes, e conseguem, assim, gerar benefícios mútuos. Para ficar apenas num exemplo rápido, cito a Arezzo, cujo relacionamento com os melhores clientes é discutido numa newsletter da Peppers & Rogers, aqui. Recomendo a leitura !!!

Contudo, acho que o texto tangencia o ponto-chave que deve pautar esta discussão: o cliente.
Até que ponto o cliente percebe como VALOR estas ações (sociais, ambientais etc) das empresas ?
Será que o cliente valoriza as tais "ações de responsabilidade social" ?

E aqui eu estou falando de VALOR PERCEBIDO, ok ?!
Não tenho muitas dúvidas de que o consumidor brasileiro, inclusive pelas questões culturais do país, simpatiza com eventual "ajuda" a terceiros - a cordialidade é traço cultural do país muito ligada à solidariedade nos últimos tempos, quando o governo assumiu sua falência ao gerir ações que acabam sendo repassadas a ONGs e outros grupos.
Neste sentido, sugiro uma reflexão mais profunda a partir das "Raízes do Brasil" (veja aqui, aqui e aqui).

Mas esta cordialidade, esta solidariedade são DIFERENTES do valor percebido.
Até que ponto o consumidor está disposto a pagar mais por um produto de uma empresa que tem processos produtivos que não agridem o meio-ambiente ? Até que ponto o fato de uma empresa manter um centro que ajuda crianças carentes vai pesar na decisão do consumidor ?

A Fundação Bradesco é um exemplo de instituição sem fins lucrativos, ligadas a um banco. Pelo (pouco) que conheço, a fundação realiza um trabalho muito bom, elogiável etc.
Lindo !!!
Mas nunca ouvi falar que uma pessoa tenha aberto conta no Bradesco, ao invés de fazê-lo no Itaú ou qualquer outro banco, apenas e tão somente porque o Bradesco mantém a fundação homônima que alfabetiza e educa milhares de crianças......
Ou seja: o "trabalho social" do Bradesco não se configura como valor percebido pelo consumidor.

Assim sendo, não é possível falar em "marketing social", uma vez que assuma-se que o marketing deve orientar-se pelo cliente (conceito por trás da expressão customer driven orientation, ou seja, orientação voltada ao cliente) e, neste caso, o cliente não percebe valor na ação social.

29 de janeiro de 2008

Telefonia - mais dúvidas e problemas

Já tratei, há pouco tempo no blog, da provável fusão entre a Brasil Telecom e e Oi/Telemar (aqui).
Conforme o tempo vai passando, vai ficando mais claro que esta fusão apresenta mais potenciais problemas do que potenciais vantagens.

Uma matéria do site IT Web (na íntegra aqui) ajuda a reforçar esta minha impressão. O texto é bastante elucidativo:

O temor de que a anunciada negociação da Brasil Telecom pela Oi possa trazer algum prejuízo à concorrência do mercado de telefonia fixa e celular, com repercussão negativa também ao direito do consumidor, levou o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) a enviar cartas ao ministro das Comunicações, Hélio Costa, ao presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg; à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff; e à Secretária de Direito Econômico do Ministério da Justiça, Mariana Tavares de Araújo.
"Acreditamos que o fechamento do negócio é preocupante e nos posicionamos contra ele porque entendemos que haverá prejuízo à concorrência no mercado de telecomunicações devido ao aumento da concentração, além do surgimento de práticas ilegais como interrupção de contratos e serviços", afirmou o advogado do Idec, Luiz Moncau.
No texto da carta enviada aos diversos órgãos do governo, o Idec diz ainda que causa inquietação o fato de a compra de uma concessionária por outra estar em desacordo com as regras vigentes no País, em especial com o artigo 14 do Decreto 2534 de 1998, segundo o qual foi aprovado o Plano Geral de Outorgas, dividindo o território nacional em três concessões de telefonia fixa.
Moncau acrescenta que há muitos outros fatores envolvidos e que, se o governo efetivamente definir sua autorização, medidas preventivas serão necessárias para evitar prejuízo ao consumidor. Entre essas medidas inclui-se a manutenção dos contratos vigentes e a melhoria do atendimento ao cliente, que costuma ser terceirizado e mal-dimensionado nessas ocasiões de fusão, quando aumenta consideravelmente o número de dúvidas da população.

A possível fusão (que foi oficialmente comunicada à Comissão de Valores Mobiliários, portanto não qualifica-se como "rumor"), assim, continua enfrentando uma série de obstáculos. O primeiro deles (e mais grave) diz respeito à lei: a atual legislação não permite a realização do negócio. Modificar a lei DEPOIS do início das conversas entre as empresas traz à tona uma promíscua, perigosa e mal-explicada relação entre as empresas e o governo (para detalhes, veja aqui).

Não obstante haja empecilhos legais, morais e éticos para a transação, existe, ainda, a questão da monopolização: o sistema de telefonia brasileiro foi privatizado para, entre outras finalidades, aumentar a concorrência através da quebra do monopólio do Sistema Telebrás. A fusão destas empresas, nas atuais circunstâncias, traria uma aproximação perigosa com o antigo monopólio - a rigor, sobrariam apenas 3 empresas concorrendo na telefonia fixa brasileira: Telefônica, Embratel (pertencente à Telmex, dona da Claro) e Brasil Telecom+Oi. As "concorrentes" Telmex e Telefônica NÃO pretendem contestar judicialmente o negócio, conforme informado aqui.

Há, ainda, questões óbvias de prejuízo ao consumidor - leia mais aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

Em resumo, há possibilidades de MAIS problemas.......
O marco regulatório (noutras palavras, a lei) não vale muito no Brasil, mesmo. Afinal, ela pode ser alterada pela conveniência de um governo que foi notadamente subornado através de investimentos ridiculamente comprometedores na "empresa" do filho do Presidente da República.
E os consumidores assistem a tudo, inertes.

Com isto, retomo um trecho do post inaugural deste blog (aqui):
Na década de 1980, o trabalhador brasileiro "aprendeu" a fazer greves para exigir direitos que eram, até então, muito mais teóricos do que reais.
Quando o CONSUMIDOR brasileiro vai aprender a fazer "greves" ?

Assim, este é o "mote" deste blog: tratar de Marketing, sim - mas sem abandonar a realidade que nos cerca.
O caso da possível fusão entre a Brasil Telecom e a Oi/Telemar apenas ratifica meu texto inicial......(lamentavelmente)

28 de janeiro de 2008

GM e Bill Gates

Este texto vem circulando pela internet há anos, mas mantém sua "graça":

Numa feira de informática (Comdex), Bill Gates teria feito uma infeliz comparação da indústria de computadores com a automobilística e declarou:

- Se a GM tivesse evoluído tecnologicamente tanto quanto a indústria de computadores evoluiu, estaríamos todos dirigindo carros que custariam 25 dólares e que fariam 1000 milhas por galão (algo como 420km/l).

A General Motors, respondendo "na bucha", teria divulgado o seguinte comentário a respeito dessa declaração:

Se a Microsoft fabricasse carros:

1) Toda vez que eles repintassem as linhas das estradas, você teria de comprar um carro novo.

2) Ocasionalmente, dirigindo a 100 Km/h, seu carro, de repente, morreria na auto-estrada sem nenhuma razão aparente, e você teria apenas que aceitar isso, religá-lo (desligar o carro, tirar a chave do contato, fechar o vidro, sair do carro, fechar e trancar a porta, abrir e entrar no carro, sentar-se no banco, abrir o vidro, colocar a chave no contato e ligar) e seguir adiante.

3) Ocasionalmente, a execução de uma manobra à esquerda poderia fazer com que seu carro parasse e falhasse. Você teria então que reinstalar o motor!Por alguma estranha razão, você aceitaria isso também.

4) A Apple faria um carro em parceria com a Sun, confiável, cinco vezes mais rápido e dez vezes mais fácil de dirigir. Mas apenas poderia rodar em 5% das estradas.

5) Os indicadores luminosos de falta de óleo, gasolina e bateria seriam substituídos por um simples "Falha Geral ou Defeito Genérico".

6) Os novos assentos obrigariam a todos terem o mesmo tamanho default de bumbum.

7) Em um acidente, o sistema de air bag perguntaria: "Você tem certeza que quer usar o air bag?", antes de entrar em ação.

8) No meio de uma descida pronunciada, quando você ligar o ar-condicionado, o rádio e as luzes ao mesmo tempo, ao pisar o freio apareceria uma mensagem do tipo "Este carro realizou uma operação ilegal e será desligado!"

9) Se desligar o seu carro 98 utilizando a chave, sem antes ter desligado o rádio ou o pisca-alerta, quando fosse ligá-lo novamente, ele iria checar todas as funções do carro durante meia hora, e ainda lhe daria uma bronca para não fazê-lo novamente.

10) A cada novo lançamento de carro, você teria de reaprender a dirigir, voltar à auto-escola e tirar uma nova carteira de motorista.

11) Para desligar seu carro, você teria de apertar o botão "Iniciar".

Agradeço a contribuição da Kelly, ex-aluna e talvez-futura-orientanda, que "desenterrou" o texto e me mandou hoje por e-mail.

E repito o comentário que fiz na resposta que mandei para ela.
Por trás desse texto, criativo, acabam sendo apontadas algumas "falhas" detectáveis pela ótica das teorias de marketing.
Afinal, o texto aponta alguns dos problemas que criaram uma fama mais do que discutível do produto Windows (que alguns preferem nomear "Ruindows", por razões óbvias), e compara os problemas gerados pelo sistema operacional da Microsoft às situações típicas da utilização de um carro.

Acho que é um bom texto para tratar do composto do PRODUTO de uma forma bem-humorada.....


Em tempo: uma sugestão de leitura, que trata de direitos autorais digitais, num texto da Wharton Business School, AQUI.

24 de janeiro de 2008

POLITICAMENTE CORRETO

Recomendo a leitura de um relatório produzido pela Accenture (aqui, para download, em inglês) sobre o "varejo verde", termo que designa empresas do setor varejista que adotam práticas "ambientalmente corretas".

Há, neste documento, algumas afirmações que merecem certa reflexão......Uma boa dose de SENSO CRÍTICO.

Por exemplo: segundo uma pesquisa citada no paper, 90% da população norte-americana afirma que é importante para as empresas preocuparem-se com seu impacto na sociedade e no meio-ambiente.
Quando li este trecho (na página 4 do documento da Accenture), não pude deixar de pensar nas empresas petrolíferas norte-americanas...... Convenhamos que nenhuma delas pode ser tida como "exemplar" na preservação do meio-ambiente.
Elas sofreram algum tipo de retaliação por parte de 90% da população norte-americana ?
Eu não lembro disso......

Ou ainda a Nike, que durante anos adotava, sem pudores, mão-de-obra infantil e escrava na Ásia.....
Por acaso a Nike sofreu algum tipo de boicote por parte dos consumidores norte-americanos ?
Não, nunca.

A HP e a Apple, por exemplo, projetam seus produtos nos Estados Unidos, recorrendo aos mais brilhantes cérebros produzidos pelas (excelentes) Universidades norte-americanas; contudo, suas impressoras, notebooks, iPods e afins são produzidos na Ásia (Taiwan, China etc), por empresas pequenas, que remuneram mal e porcamente uma legião de trabalhadores braçais com baixíssima qualificação profissional.
Nada contra a redução de custos.
Mas tudo contra a hipocrisia de recorrer a trabalho semi-escravocrático e investir milhões de dólares em ações de relações públicas ou publicidade para "parecer" uma empresa socialmente responsável ou green-friendly.

Porque, neste caso, o que existe é pura e simples propaganda enganosa !!!
Demagogia, hipocrisia e mentira.



Isto apenas vem a reforçar minhas conclusões sobre a tal "febre" que envolve os temas responsabilidade social e ambiental.
Ainda é muita espuma, e pouco sabão. Ainda existem afirmações sem nenhum cabimento, completamente descoladas da realidade. Me parece muito mais uma pressão por parte de alguns meios de comunicação do que uma preocupação legítima, real, tangível.
Como exemplo, no Brasil, cito a Editora Abril.
Ela vem publicando anúncios grandes (sempre mais de 1 página) do site Planeta Sustentável em TODAS as revistas que edita (Veja, Exame, Quatro Rodas, Playboy etc). O site retrata um "movimento" proposto pela própria Editora Abril, e, conforme explicado no site, sua missão é criar um ambiente pluralista, no qual diferentes pontos de vista contribuam para o desenvolvimento do pensamento autônomo e criativo, capaz de despertar a consciência e qualificar a ação.
Para ler mais, sugiro começar por aqui.
Depois, aqui, aqui e aqui.

São alguns (poucos) exemplos de que aqueles que afirmam categoricamente que a questão da "sustentabilidade" é tão relevante assim estão exagerando. Muito.

Neste sentido, cabe revisar um documentário produzido pelo Canal 4 da TV britânica (aqui), que oferece alguma perspectiva para este "alarmismo" que os chatos do "ecologicamente correto" vêm difundindo.

Novamente: não estou dizendo que devemos destruir o meio-ambiente.
Longe disso.

Acho, apenas, que exageros são sempre ruins - e estes temas ("responsabilidade social" e "responsabilidade ambiental" e "sustentabilidade") têm sido cercados pelo mais puro exagero.
Muitas vezes, descambando para o sectarismo, proselitismo e outros ismos......

23 de janeiro de 2008

Internet: aliada ou problema ?

Cá estava eu, lendo os e-mails (e newsletters), e duas notícias sobre internet me chamaram a atenção. Ambas, coincidentemente, do IDG:
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 1481/07, do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que torna obrigatória, até 2013, a universalização do acesso a redes digitais de informação, inclusive à internet, em estabelecimentos de ensino de todo o País.
A medida deve alcançar tanto instituições públicas quanto particulares, do ensino básico até o superior. A proposta obriga ainda a oferta de um computador com acesso à Internet em cada turno da escola para cada grupo de dez alunos.
A exigência passa a constar da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a Lei 9.394/96. O projeto altera ainda a lei que instituiu o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), para estipular que 75% dos recursos arrecadados pelo Fundo, de 2008 a 2013, sejam aplicados no acesso a redes digitais.

Uma proposta interessante, que merece ser acompanhada (e, FINALMENTE, o ilustre Senador Mercadante faz alguma coisa que presta.....já era hora!). Mas, quando se verifica o teor da outra notícia, nota-se um "problema":
Professores dos últimos anos do ensino médio em colégios no Reino Unido e norte da Irlanda afirmam que seus alunos estão praticando plágio online, revelou a Association of Teachers and Lecturers (ATL) nesta terça-feira (22/01).
Entre os professores entrevistados, 28% acreditam que mais da metade do trabalhos dos alunos são plagiados de artigos da internet, e 58% acreditam que o plágio é um problema para o ensino.
“Recebi um trabalho que foi copiado e colado de tal forma que ainda tinha anúncios da página usada como fonte”, afirmou um professor.
A pesquisa mostrou ainda que 55% dos professores sentem que há pouca compreensão dos estudantes para diferenciar o que é uma pesquisa legítima e um plágio.
“Acho que a maioria dos estudantes que plagiam o fazem mais por ignorância do que desejo em trapacear. Eles querem ter sucesso com méritos próprios. Se ele entender o que é plágio, suas consequências e como referenciar corretamente trabalhos já publicados, o problema diminui”, opina Diana Baker, do Emmanuel College, em Durham.
A associação entrevistou 300 professores do norte da Irlanda, Gales e Reino Unido.

As matérias estão no site do IDG, aqui e aqui, respectivamente.

Obviamente, não sou contrário à expansão do acesso à internet - muito pelo contrário !
Mas vejo o mesmo problema que os professores do Reino Unido apontam: os alunos não estão preparados, ainda, para utilizar bem todos os recursos que a internet propicia.
Na verdade, muitas empresas ainda não sabem utilizar o enorme potencial da internet - quem dirá os alunos !!!!

RESPONSABILIDADE SOCIAL EM QUEDA

Já tratei, num post anterior, do tal "marketing verde" (ou qualquer nomenclatura igualmente vazia que se pretenda dar ao termo), e agora vou reproduzir uma nota curtinha que li na Folha de São Paulo do dia 20 de Janeiro último:
A preocupação dos consumidores com ações de responsabilidade social e ambiental está em queda. Em 2006, esse tipo de ação foi considerada item muito importante para 51% dos consumidores. Em 2007 o número não passou de 42%.
A conclusão é de pesquisa da TNS InterScience que perguntou o que é indispensável para uma empresa ser vista como uma organização que respeita o consumidor. Foram entrevistadas 1.250 pessoas em cidades como São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife e Belo Horizonte, homens e mulheres com mais de 18 anos.
O levantamento considerou atributos como qualidade, preço, propaganda ética, responsabilidade social e ambiental, atendimento e monitoramento da satisfação do consumidor.
A principal razão da mudança, segundo Roberto Meir, um dos coordenadores da pesquisa, é a "commoditização" do assunto responsabilidade. O investimento em ações sociais e ambientais passou a ser visto pelo cliente como um item básico e não mais como algo que possa influenciar a compra.
"Responsabilidade social não enche barriga. Se o consumidor vai comprar um suco, primeiro ele pensa em preço, qualidade, atendimento. Não vai pagar um centavo a mais pela embalagem responsável", diz Meir.
Segundo ele, a mudança também se explica pela emergência do consumidor de baixa renda, que não pode pensar em responsabilidade social na hora do consumo. "Ele não pode errar na compra. Não tem dinheiro para ficar jogando produto no lixo se não gostou."
Atributos como qualidade, atendimento e preço aumentaram em relação ao ano anterior.
No índice geral, a qualidade subiu de 61% para 65%.
O atendimento, que já aparecia como essencial para os consumidores, cresceu, citado por 63% em 2007, contra 58% no ano anterior.
O quesito qualidade na avaliação por classe aparece com 63% na classe C e 70% na B, em nível de importância. Na análise por região, verificou-se que a população nordestina se preocupa menos com qualidade.
Na separação por segmentos, entre as empresas apontadas como as que mais respeitam o consumidor aparecem Casas Bahia, Carrefour, Bompreço, C&A, Drogasil, McDonald's, Coca-Cola, Sadia, Bradesco, Vivo e Porto Seguro.

Os "gurus" da responsabilidade social devem estar com os cabelos em pé......
Aposto 2 latinhas de Coca-Cola, geladinhas, que os consumidores pesquisados não seriam capazes de indicar uma única ação de "responsabilidade social" destas empresas citadas que tenha contribuído para a sua escolha como uma das empresas que mais respeitam o consumidor.
Alguém aceita a aposta ????

Esta discussão sobre a "responsabilidade social", no Brasil, é engraçada.....

Primeiro porque o Brasil é o único país no qual as milhares de Organizações Não Governamentais são mantidas graças a dinheiro do governo. É um contra-senso total ! Que tal, então, adotar a designação de "OG" ao invés de ONG ? Afinal, se o governo é quem sustenta estas organizações, por que raios elas usam o termo "não governamental" ? São totalmente "governamentais", porque 99,99% delas não existiriam se não fosse pelo dinheiro do governo - que, no limite, é dinheiro público, que pertence aos cidadãos.

Segundo ponto: vejo muita coisa sendo dita, escrita e inventada sobre "responsabilidade social". Mas infelizmente, os argumentos que são utilizados na maior parte do tempo não se justificam.

No Brasil, em especial, NUNCA houve nenhum tipo de levantamento (amostral ou censitário) que comprovasse, por exemplo, que o consumidor está disposto a pagar muito mais caro por um produto "socialmente responsável". O mesmo vale para o "ambientalmente responsável".
A mídia vem fazendo bastante alarido, vem claramente massificando a questão ambiental em particular.
Como eu já citei aqui no blog, não tenho rigorosamente nada contra proteger o meio-ambiente - mas tenho tudo contra a utilização de ações desta natureza como argumento de venda ou como propaganda enganosa.

As empresas citadas na pesquisa (Drogasil, Coca-Cola, Porto Seguro, Carrefour etc) não são vistas como as que melhor atendem aos clientes devido às ações de "responsabilidade social", mas porque entregam qualidade no atendimento.

Simples e direto.
Mas tem gente que descarta o simples e tenta inventar uma explicação mirabolante, que passa pela ajuda da empresa na proteção da população de índios de um local remoto da Amazônia.
Bobagem, pura e simples.

22 de janeiro de 2008

DESIGN GENIAL


PEN-DRIVE NO FORMATO DE UM DOMINÓ.
Leia a notícia completa AQUI.

Esta notícia me trouxe à tona o seguinte: muitas vezes, a idéia mais simples pode ser a mais genial.

Este, definitivamente, é um destes casos. As bolinhas brancas do dominó indicam a capacidade ociosa do pen-drive. Nem precisa conectar, basta olhá-lo. Simples, e genial.

18 de janeiro de 2008

Telefonia no Brasil: crescimento e problemas

Nesta semana, a notícia de que a telefonia móvel no Brasil registrou um crescimento substancial ganhou destaque em diversos sites (alguns exemplos: aqui, aqui, aqui e aqui). Além disso, também tem sido amplamente noticiada a fusão entre a Brasil Telecom e a Oi (ver aqui, aqui, aqui e aqui).

Assim, temos o forte crescimento do número de clientes por um lado, e, por outro, a movimentação das empresas - um dos argumentos utilizados para justificar a fusão da Oi com a Brasil Telecom seria a necessidade de ganhar escala para competir, inclusive com operadoras estrangeiras.

O primeiro problema: a lei brasileira precisaria ser alterada para permitir a fusão da Brasil Telecom e da Oi.
Alguns argumentam que a modificação da legislação permitira a cartelização da telefonia - e, neste sentido, cabe lembrar que a privatização do Sistema Telebrás aconteceu justamente para quebrar o monopólio então vigente.
Há, claro, algumas complicações (como a presença do Citigroup na composição acionária, como explicado aqui) políticas, econômicas e afins.

Mas nesta discussão toda, como fica o CLIENTE ?
Seria melhor a união entre as duas empresas para oferecer melhores serviços ao cliente ? Será que o custo da telefonia, para o usuário final, vai cair ?
O setor bancário também passou por um forte período de ajustes, com fusões, aquisições e afins - e as tarifas bancárias explodiram, os serviços permanecem precários.....

Ninguém está discutindo isso......
POR QUÊ ?

O blog da Maria Inês Dolci (SEMPRE uma leitura obrigatória, aqui) trata de um ponto que não pode ser deixado de lado, que transcrevo abaixo (postagem do dia 15/01/2008):
O relatório da ouvidoria da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), mostrando a ineficiência da Agência, só comprova o que nós consumidores constatamos no dia-a-dia. Como é o caso da internet banda larga, em que a falta de concorrência nos leva a pagar preços elevados para serviços ineficientes, com velocidades limitadas, apesar de a tecnologia ainda atingir pequena parcela da população brasileira.E da telefonia fixa, em que continuamos não tendo como trocar de operadora, mesmo pagando caro pela assinatura básica. É o consumidor sem saída.

Isso serve para ilustrar o seguinte: é inegável que o custo da telefonia (tanto fixa quanto móvel) no Brasil caiu desde a privatização. É inegável, da mesma forma, que o acesso aos serviços foi ampliado (como exemplo, hoje pode-se comprar um celular ou um telefone fixo por telefone, e receber em casa no dia seguinte, ou mesmo passar numa loja e já sair falando ao celular), e houve disponibilização de novos serviços além daqueles que chegaram como "novidades" logo no início da telefonia móvel - como o identificador de chamadas, por exemplo.

Mas será que abrir a brecha legal para fusões e aquisições não acabará minando o pouco poder do consumidor ?
As agências reguladoras, infelizmente, tiveram seu papel reduzido a cabide de empregos do petistas incompetentes e demais bajuladores dos boçais do lullismo - então, elas não conseguem fazer aquilo que deveriam fazer, quando foram idealizadas (no mesmo momento da privatização).

Aparentemente, ao que indicam as notícias, o executivo federal está apoiando a fusão - com o argumento de criar uma empresa brasileira forte para concorrer com as estrangeiras. É um argumento xenófobo e burro (além de questionável, como demonstrado aqui), mas é uma possibilidade real.

E o consumidor ?
Não foi ouvido, não tem força nenhuma na discussão.

16 de janeiro de 2008

Marketing e Web: idéias para 2008

Uma curtinha: recomendo a leitura do MarketingSherpa´s Marketing Wisdom for 2008 (aqui), que traz opiniões, análises e idéias sobre os mais variados assuntos, com a linha-mestra voltada a Marketing e Web.

Leitura interessante (e útil) para planejar o que fazer em 2008.....

14 de janeiro de 2008

ECOS DO MODISMO

E não é que a "campanha anti-modismo imbecilizante no marketing" já me trouxe alguns momentos de diversão no final de semana ?!
Na sexta-feira recebi um e-mail sem pé nem cabeça:









Respondi muito mais por desencargo de consciência - afinal, o bloqueio anti-spam do Gmail é excelente; então, se passou por ele, possivelmente tratar-se-ia de uma mensagem "legítima", e não SPAM.

Somente fui informado sobre o remetente e sobre o assunto no dia seguinte, com um outro e-mail que indicava um link.
Segui o link, e foi divertido.
Foi divertido ler uma série de bobagens concatenadas de forma serial......

Paulo Rubini identifica-se como "consultor de marketing não arrogante". Com base nos seus textos (tanto o do e-mail quanto o do blog), é fácil identificar-lhe outros adjetivos além do não-arrogante.....
A redação excessivamente rebuscada, via de regra, é utilizada para tentar atribuir ao texto (e, conseqüentemente, ao seu autor) uma erudição que ele não tem - se tivesse, não cometeria erros primários, tanto de escrita como de interpretação que vez ou outra resvalam no analfabetismo funcional. Um texto mais claro e objetivo surtiria efeitos muito melhores - ou, neste caso, menos piores.
O primeiro equívoco (de uma série deles) diz respeito à contraposição entre as palavras "diferença" e "particularidade" - retomarei este ponto mais adiante.

Do jeito que está escrito o início do post no blog do "consultor de marketing não arrogante", me foram atribuídas características como soberba, arrogância e megalomania (afinal, aonde eu me qualifiquei como "academy master of universe"??? Criação do "consultor não arrogante", não minha !), entre outras.
Para não me alongar desnecessariamente neste ponto - coisa que poderia ser interpretada como algum tipo de ataque "pessoal" ao Paulo Rubini, o que NÃO é - , basta destacar que o ilustre "consultor não arrogante" não sabe a diferença entre "condecoração" e "titulação".
Se soubesse, não tentaria ironizar a breve apresentação (ou "mini-currículo") que disponibilizo aqui no meu blog. Se ele soubesse a diferença, não tentaria atribuir ao "currículo" a falsa tentativa, da minha parte, de tentar demonstrar algum tipo de superioridade ou coisa que o valha. Não é o caso. A finalidade do mini-currículo é apenas "apresentar-me" àqueles que estão acessando o meu blog pela primeira vez. Se deixasse a cólera de lado e tivesse mais experiência (e conhecimento dos fatos), o "consultor não arrogante" saberia que revistas, jornais e diversos meios (inclusive eletrônicos) têm este hábito de apresentar o mini-currículo dos autores - inclusive para que os leitores destas publicações saibam quem é e o que faz a pessoa que escreveu um determinado texto. Se o "consultor não arrogante" sabe disso e mesmo assim ironizou as "condecorações", foi só uma outra tentativa de fugir do debate dos argumentos e "fazer gracinhas".
Aliás, dá até medo começar a argumentar com uma pessoa que, propositadamente ou não, confunde "titulação" com "condecoração".... Medo de ouvir e/ou ler muita besteira....

E o medo se confirma mais adiante.
Então, vamos tratar sobre o "marketing de qualquer coisa", propriamente dito.
Vou começar pelos argumentos (se é que podemos classificá-los como tal) do "consultor não arrogante":



1) A revolta do Master da blobagem se deu por não aceitar expertise dentro do marketing. Para ele tudo é marketing. Claro. Todo médico estudou medicina, mas eu não operaria meu coração com um ortopedista. E você?
Esse é o primeiro argumento do "consultor não arrogante" ?! Fraquinho desse jeito ?!
Pior: nem ao menos é original !!!!! O mesmo artifício de comparar o marketing (e suas supostas "divisões" ou "especializações") à medicina foi utilizado num fórum de discussão do Orkut, aqui. O "consultor não arrogante" apenas copiou lá do Orkut, mas esqueceu de argumentar.
A metáfora da medicina (ainda bem que não foi uma metáfora de futebol, tão em voga nas sempre cretinas palavras do Lulla) não se sustenta por uma razão simples: há diferentes especialidades na medicina porque cada uma delas requer um conjunto de conhecimentos, procedimentos, ferramentas etc. No caso do marketing, o mesmo não é verdade: segmentação, posicionamento, 4Ps e todo o resto (que se encontra facilmente em qualquer bom livro de Marketing) vale para bancos, para indústrias, para comércio, para quaisquer serviços. O conjunto de procedimentos que um cardiologista utiliza é diferente do conjunto de procedimentos (e conhecimentos) de um ortopedista - neste caso, pois, justifica-se a especialização pela necessidade de deter um conjunto de conhecimentos específicos, que são DIFERENTES do conjunto de conhecimentos requeridos noutra especialidade (ortopedia, neurologia etc).
O profissional de marketing que trabalha no (ou presta serviços para) comércio não utiliza as mesmas técnicas, ferramentas e conhecimentos quando vai trabalhar numa indústria ? E se este profissional for contratado por um banco, vai abandonar a segmentação, as estratégias de precificação, de comunicação etc ? A Matriz BCG vale exclusivamente para empresas do setor industrial ? A Matriz GE é proibida de ser aplicada a uma empresa de serviços ?!
Claro que não !!!!!!!!
Portanto, não há DIFERENÇAS entre o marketing aplicado a um banco e o marketing aplicado a uma indústria; há, apenas e tão somente, particularidades de cada setor que o profisional de marketing deve conhecer para conseguir utilizar as mesmas ferramentas, as mesmas estratégias.
Nem vou prolongar isso, pois lá na comunidade do Orkut já foi discutido. Destaco as observações do "Israel", logo na primeira página do tópico. Finalmente, fica a recomendação: esta comunidade do Orkut consegue, a despeito de muito lixo que o Orkut traz, reunir discussões excelentes. Vale acompanhar - desde que, diferentemente do que fez o ilustre "consultor não arrogante", sejam apresentados argumentos. Ele deixou de fazê-lo no fórum de discussões, e preferiu ter um "xilique" no seu blog.....


Isto me leva a outro trecho do blog do "consultor não arrogante":
2) O trecho acima denota tanta diferença quanto dizer que quando duas coisas são iguais é porque são muito parecidas. Ou particularidades não promovem diferenças?
Particularidades promovem diferenças ?!
Depende.
Pode ser que sim, pode ser que não.
Se uma pessoa tem uma particularidade, isto a torna, automaticamente, diferente ?! Um careca é diferente de uma pessoa com cabelos ? Depende......
Se um médico - seja cardiologista, seja ortopedista - for tratar um paciente careca, esta particularidade do paciente (a falta de cabelos) vai modificar o sistema respiratório do paciente ? Se o careca submeter-se a uma cirurgia cardíaca, o procedimento adotado pelo médico será diferente daquele que adotaria para um paciente com cabelos ?
A particularidade (falta de cabelo) não promoveu nenhuma diferença..... E agora ????



Vamos ao próximo:
3) Mas, Atualmente, o marketing é aplicável em quase todas as atividades humanas. Desempenha papel importante na integração das relações sociais e nas relações de trocas lucrativas e não lucrativas. Entre as modalidades mais conhecidas do marketing destacam-se: Marketing social, Marketing político, Marketing de serviços, Marketing agrícola, Marketing industrial, Marketing de serviços de saúde e Marketing de instituições que não visam ao lucro. Quem destacou estas modalidades foi Marcos Cobra (Professor titular de Marketing na EAESP-FGV. Doutor e mestre em Administração de Empresas pela EAESP-FGV) num livro de 1996 e que faz parte do meu TCC de MBA Marketing .
Vamos por partes.....
Eu nunca disse que o marketing não fosse aplicável a virtualmente todas as atividades humanas - mas daí a haver a necessidade de mudar o nome para cada uma das atividades ?!
Marketing social, político, pessoal, bancário, animal, vegetal, médico, ortopédico, marketing informático, marketing jurídico, marketing de empresas de TV por assinatura, marketing de empresas de assistência técnica de TV e rádio, marketing de funerárias, marketing de empresas da construção civil, marketing educacional de instituições brasileiras de ensino superior localizadas na região Nordeste, marketing de bláblábláblá.......
Será que não fica óbvio que isso é uma bobagem ?!
O que difere o marketing político do marketing pessoal ? O fato de um ser aplicado a um político e o segundo a uma pessoa ?! Mas o político não é, afinal, uma pessoa ?
O que difere o marketing bancário do marketing de uma empresa de saúde complementar ? NADA ! Tanto uma empresa de saúde complementar quanto um banco têm funções de marketing, mas não recorrem a "teorias diferentes", ou "ferramentas diferentes", ou "conhecimentos diferentes". Bancos, indústrias, comércio ou qualquer outro ramo utilizam os mesmos conhecimentos do marketing - cada qual, obviamente, com objetivos e circunstâncias particulares, mas não por isso demandantes de técnicas diferentes !

Como se não bastasse, ao final de sua afirmação, o "consultor não arrogante" recorre às "condecorações" (o termo foi dele!) do Prof. Marcos Cobra. Dois pesos e duas medidas: se a minha titulação, antes, foi o respaldo que ele encontrou para ironizar, por que, então, recorreu à titulação do Prof. Marcos Cobra ? Nenhuma ironia ? A condecoração vale para mim, e mais ninguém ?

Então fica mais fácil dizer "olha, o Prof. Marcos Cobra diz que existe isso, então eu acredito e ponto final" do que argumentar ?
Cadê o senso crítico ???????
O "consultor não arrogante", além de ser "não arrogante", é também "não pensante" ?
Prefere apoiar-se na afirmação de uma pessoa (e não estou julgando ou questionando quem seja esta pessoa) e utilizá-la como "muleta" para sua falta de argumentos ?

Não obstante, a afirmação seguinte dá um desfecho fantástico: "O artigo abaixo esclarece muito bem o meu ponto de vista acerca da necessidade de nominação à expertise dentro do marketing. Perca um tempinho para lê-lo e deixe seu comentário".
Ora, se eu quiser tecer algum comentário em relação ao texto do Rafael Villas Bôas, por que não comentar DIRETAMENTE COM O AUTOR ?
Inclusive, uma informação útil ao ilustre "consultor não arrogante": geralmente os mini-currículos trazem, além das titulações e atividades profissionais relevantes do autor, uma forma de contato - mais recentemente, por razões óbvias, o e-mail é a mais utilizada. Há algum tempo, contudo, era mais comum o endereço para correspondência.
Aliás, SURPRESA: o texto do Rafael Villas Bôas traz, ao final, suas "condecorações", e e-mail para contato......Voilà !!!!!

Será que precisa desenhar, ou já ficou claro para que serve o meu mini-currículo, aqui no blog ?!

Finalmente, cabe ressaltar: o "consultor não arrogante" Paulo Rubini cita o seu TCC do MBA Marketing.
Minha primeira dúvida: esta citação, per se, não seria indicativa de uma certa dose de arrogância ?
Minha segunda dúvida: será que o foco do TCC do MBA Marketing do "consultor não arrogante" era justamente esta profusão de nomenclaturas do Marketing ? Imaginei que TALVEZ em seu TCC, ele teria feito uma extensa e aprofundada pesquisa sobre o tema.
Não, não é o caso também.
O Trabalho de Conclusão de Curso da especialização em Marketing do "consultor não arrogante" trata do comportamento do consumidor de serviços bancários em banco público.
Ao longo de uma EXTENSA pesquisa nas teorias, o "consultor não arrogante" arrolou incríveis 15 referências bibliográficas.
Puxa, 15 !!!!!!! Tudo isso ?????
Imagino o trabalho árduo que tenha sido pesquisar em 15 referências !!!!!!

[Um aparte: será que poderia ser vista como arrogência minha uma rápida menção às 102 referências bibliográficas que usei no meu TCC da graduação ? Bom, se isto for tido como arrogância, as 350 referências bibliográficas da minha dissertação de mestrado ficarão parecendo o cúmulo da arrogância, né ?!]


Ah, neste total de INCRÍVEIS 15 referências bibliográficas pesquisadas estão inclusas consultas à Wikipedia, a alguns sites......fontes notoriamente não indicadas para trabalhos acadêmico-científicos, devido à sua falta de confiabilidade, dado que virtualmente qualquer pessoa pode publicar qualquer bobagem na internet atualmente.
Um dos objetivos de um trabalho como uma monografia é proceder a uma revisão da literatura, ou seja, pesquisar as teorias que já foram publicadas sobre um determinado tema (para maiores detalhes, qualquer livro de metodologia serve, pois eu não vou desviar o foco).

Aliás, que coincidência engraçada ou curiosa: a primeira referência bibliográfica da extensa e aprofundada pesquisa do Sr. Paulo Rubini indica o site Portal do Marketing - que tem artigos meus publicados, desde 2003 ou 2004 (não lembro ao certo).

Isso significa que o "consultor não arrogante" correu o sério risco, ao recorrer ao Portal do Marketing, de utilizar algum artigo meu !!!!!!

Por isso eu digo: é ou não é engraçado ???????
Asseguro: eu me diverti MUITO !

PS - Retomarei este assunto, obviamente, pois tenho interesse nele. E, da mesma forma, tenho interesse em debate democrático de idéias - como explicitado no sub-título do blog. Assim, qualquer comentário, contribuição, crítica, elogio etc sempre são bem-vindos. Dou preferência, por razões óbvias, àqueles que tenham algum grau de argumentação.....se incluírem fontes de referências sérias, confiáveis, bem pesquisadas, melhor ainda ! As discussões serão postadas com o marcador da "campanha anti-modismo imbecilizante no marketing" (vide menu à esquerda no blog), para facilitar a localização.

13 de janeiro de 2008

Clássicos são sempre bem-vindos

Clássicos são sempre bem-vindos a este blog !
Tanto os conceitos clássicos de Marketing, que ainda não foram substituídos por nenhuma proposta melhor, quanto ao clássicos da música - especialmente do Rock !
Quanto ao Rock.....Bom, este "velhinho" dá banho em muito garotinho - em TODOS os sentidos:


Chuck Berry.
Este aí, SEM DÚVIDA, faz juz ao adjetivo "genial".

O mesmo não pode ser dito de muita coisa que chamam de "música" atualmente.....
Enfim, isto é para aproveitar o período de descanso do sabadão.
Aproveitar o princípio básico do Rock and Roll: just some fun !

10 de janeiro de 2008

Clipping

Dando seqüência à minha campanha anti-modismo imbecilizante no marketing (gostei dela!), atualizei um texto que já escrevera aqui no blog, e publiquei no (excelente) Portal Administradores. O link direto para o texto está aqui.
Neste artigo, expandi minha pesquisa sobre marketing pessoal para incluir publicações de algumas bases de dados (Ebsco, ProQuest etc), nas quais consigo acessar publicações internacionais de grande relevância. Bom, não vou adiantar o resultado final para não estragar a surpresa......

Além disso, também consegui concluir um texto que comecei há "sei-lá-quanto-tempo" atrás.... Está aqui. Trata da utilização de recursos de comunicação massificada aliados ao relacionamento mais próximo com o cliente. Vou dar continuidade para o texto (espero que logo!), e atualizo meus fiéis leitores oportunamente....

Hillary e Obama: sob a ótica do marketing

Interessante acompanhar as eleições norte-americanas, sob a ótica do marketing.
Estão acontecendo as "primárias", ou seja, a escolha dos candidatos dos partidos Democrata e Republicano.
A grande "estrela" dessa fase inicial tem sido o candidato Barack Obama: ele tem surpreendido a até então favorita Hillary Clinton.

Bom, um texto da Wharton (disponível na íntegra, aqui) faz uma bela análise da situação sob a ótica do marketing.
Creio que o maior (não único!) mérito do texto é justamente desmistificar o tal do "marketing político": ao ler o artigo, fica evidente que tudo aquilo que é utilizado na campanha eleitoral corrente são ferramentas que o marketing sempre teve ! Obviamente, são incorporados novos meios de comunicação (web, SMS, celular etc) no composto "Promoção & Comunicação", mas o resto não foge ao tradicionalíssimo conceito dos 4Ps, da segmentação de mercado, do posicionamento etc.

Este artigo com certeza entra para o rol da "campanha anti-modismo imbecilizante no marketing".
With honors.

GRADIENTE: problemas

Vou desviar um pouquinho a atenção de temas ligados exclusivamente a Marketing, e abrir o escopo do texto para falar sobre a Gradiente.
Li, no site IDG Now (aqui), o seguinte:
A Gradiente Eletrônica propôs uma renegociação de dívidas, com alongamento dos prazos de vencimentos, ao seu grupo de credores, que segundo ela envolve "menos de 20 empresas", segundo comunicado enviado ao mercado de capitais.
Segundo a empresa, o trabalho de renegociação de dívidas faz parte de um amplo processo de reestruturação iniciado em setembro de 2007, com a coordenação da Íntegra Associados.
De acordo com a Gradiente, "parcela bastante representativa" da dívida de 284 milhões de reais ainda não se encontra vencida e, por isso, ela quer rever os prazos de vencimento.
O plano também prevê racionalização nos níveis de custos e despesas da companhia e a captação de novos recursos financeiros, mas a fabricante não deu detalhes das formas de captação.
Segundo a nota da empresa à bolsa de valores, assim que as negociações com os credores forem concluídas, ela divulgará novo fato relevante.
A empresa direcionou sua atuação a itens da linha de áudio e vídeo, como conversores para TV digital e televisores, assim como DVD players. Ela tem fábrica em Manaus (AM) e escritórios administrativos na capital paulista.
É uma pena....
Há uns 2 anos, fiz algumas pesquisas sobre a Gradiente, e mais especificamente sobre o Genius Instituto de Tecnologia, criado pela Gradiente para investir em inovações.
Um artigo meu sobre a Gradiente foi publicado aqui.

Gradiente é uma das marcas maios valiosas no Brasil, e tem, inclusive, ligações emocionais com muita gente. A empresa foi, ainda, protagonista da avassaladora expansão da telefonia celular pós-privatização (1998) do sistema Telebrás, junto com a Nokia, numa joint-venture de grande sucesso.

É uma pena ver a empresa agonizando em público....

8 de janeiro de 2008

Internet e o consumidor: novos padrões

Depois do "boom" da internet (a chamada "bolha ponto.com"), começa a ficar cada vez mais claro o papel da Internet nos negócios. As chamadas "redes sociais" (como FaceBook, MySpace, Orkut e quetais) ganham relevância, os "blogs" crescem..... Tudo isso acaba sendo complementar ao comércio eletrônico (B2B e B2C), e ajuda a modificar o tipo de relação que o consumidor tem com a web.

Comecei a pensar nisso, inclusive, graças a uma matéria do ValorEconômico de hoje (AQUI). Mas não só, obviamente......

Já comentei sobre a Web 2.0 por aqui antes, inclusive indicando uma publicação interessante. Pois bem, aqui vão mais algumas dicas preciosas para leitura, sempre tendo como pano de fundo a questão do comportamento do consumidor, da Web e afins:

1) O conceito de valor no marketing trata do valor percebido pelo cliente. Serve muito bem para relembrar conceitos "clássicos", mas que ainda funcionam muitíssimo bem no comportamento atual dos consumidores que passam a ter a web como parte natural de suas vidas.

2) O começo da web 3.0, que adianta mais uma "onda": a web 2.0 ainda nem se consolidou propriamente, mas já aparece a "nova versão"......

3) New metrics for new media, um documento que apresenta idéias e propostas interessantes (conquanto incipientes) sobre métricas que podem ajudar a alavancar a utilização das novas mídias pelas organizações. O tema é interessante, pois representa, inclusive, um problema bastante comum nos departamentos de marketing: como mensurar resultados e investimentos, para calcular retorno ?

3 de janeiro de 2008

Marketing DE QUALQUER COISA

Como leitor assíduo da coluna do José Simão na Folha de São Paulo, vou me permitir iniciar, em 2008, uma campanha "anti-modismo" no Marketing.
O "Macaco Simão" tem a "mesopotâmica campanha anti-tucanês".
Eu estou criando a "campanha anti-modismo imbecilizante no marketing".

Por quê ?!
Explico..........

Tenho que me conter para não achar que o mundo está completamente perdido.
Agora, além do "marketing pessoal" que vi e discuti numa comunidade do Orkut (aqui), leio num outro tópico, da mesma (ótima) comunidade do Orkut que existe uma diferença entre MARKETING EDUCACIONAL e MARKETING NA EDUCAÇÃO. Assim como, pelo lido na comunidade, há uma diferença enooooorme entre MARKETING ESPORTIVO e MARKETING PARA O ESPORTE; e, CLARO, há diferenças fenomenais entre MARKETING POLÍTICO e MARKETING ELEITORAL.

Era só o que me faltava.......!!!!!

Vamos, então, às "diferenças" (transcritas do original, aqui):
MKT EDUCACIONAL é quando você "vende" uma instituição para seus stakeholders no intuito de fortalecer a marca da instituição para diversas ações estratégicas, por exemplo angariar recursos privados como acontece nos EUA, atração de mídia expontânea, entre outras. MKT na EDUCAÇÃO é a aplicação endo do conceito entre seus alunos, professores, diretores, serventes, vigilantes,porteiros... Podendo, inclusive, refletir benéfica ou maléficamente no MKT EDUCACIONAL citado anteriormente.

Ah, tá ! Então, seguindo esta "linha de raciocínio" (se é que pode ser chamada assim!), os alunos, professores, diretores, serventes, vigilantes, porteiros e demais funcionários de uma instituição de ensino não são "stakeholders" ????
Sim, porque a "definição" (?) de MARKETING EDUCACIONAL menciona os stakeholders, mas, aparentemente, a única diferença é que o MARKETING NA EDUCAÇÃO é voltado exclusivamente aos funcionários....... Então professores, alunos, porteiros e afins não são stakeholders.

Provavelmente em breve teremos mais "sub-divisões" escabrosas:
MARKETING EDUCACIONAL DOCENTE
MARKETING EDUCACIONAL DE SERVIÇOS TERCEIRIZADOS
MARKETING EDUCACIONAL DISCENTE
MARKETING EDUCACIONAL DE SECRETARIA, LANCHONETE E ESTACIONAMENTO
Todos, obviamente, são diferentes tipos de Marketing, né ?!

Quanta bobagem um ser humano consegue produzir sem estar no PT, hein ?!
Pelo visto, "o céu é o limite".......

Volto a perguntar: qual a diferença entre o marketing que se aplica numa escola secundária, numa faculdade, numa clínica ortopédica, num hospital de ponta, num supermercado ou numa montadora de automóveis ?
NENHUMA.
E eu me refiro a diferenças, não às particularidades de cada setor !!!!! Até porque nas teorias clássicas de Marketing, há conceitos e ferramentas capazes de lidar perfeitamente com estas peculiaridades - sem precisar mudar o "nome" do marketing.

Portanto, não é razoável dizer que existam diferentes tipos de marketing conforme o marketing seja aplicado em diferentes tipos/naturezas de empresas. Assim, "marketing bancário" é um termo vazio, pois não há RIGOROSAMENTE NENHUMA diferença entre o marketing aplicado em bancos e o marketing aplicado em empresas comerciais (varejo e atacado).

Se houvesse, teríamos:
MARKETING DE COMÉRCIO VAREJISTA
MARKETING DE COMÉRCIO ATACADISTA
MARKETING DE COMÉRCIO VAREJISTA DE ROUPAS E CALÇADOS
MARKETING DE COMÉRCIO ATACADISTA DE ROUPAS E CALÇADOS
MARKETING DE COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL E BELEZA
.......e por aí vai !!!!!!!

Não há diferenças entre os conceitos, independentemente do setor econômico no qual ele seja aplicado !!!!
Mas, ao invés de aceitar isso, muita gente prefere criar estas terminologias MALUCAS, que não fazem nenhum sentido....... Já vi gente se dizendo "especialista" em marketing jurídico.... !!!!!!
Oras, o que difere um especialista em marketing de um "especialista em marketing jurídico" ?!
Não existe "marketing jurídico" - portanto, não pode haver um "especialista em marketing jurídico" !!!!!!!

Esses modismos vazios só ajudam a espalhar uma imagem falsa do trabalho REAL dos profissionais de marketing.
E os BONS profissionais de marketing acabam prejudicados, porque "marketing" vira sinônimo de "enganação" ou qualquer coisa do gênero......

RUNAWAY

Começando o Ano Novo com algumas velharias.................



Outro grande clássico !!!!!!!!!!!