23 de janeiro de 2008

Internet: aliada ou problema ?

Cá estava eu, lendo os e-mails (e newsletters), e duas notícias sobre internet me chamaram a atenção. Ambas, coincidentemente, do IDG:
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 1481/07, do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que torna obrigatória, até 2013, a universalização do acesso a redes digitais de informação, inclusive à internet, em estabelecimentos de ensino de todo o País.
A medida deve alcançar tanto instituições públicas quanto particulares, do ensino básico até o superior. A proposta obriga ainda a oferta de um computador com acesso à Internet em cada turno da escola para cada grupo de dez alunos.
A exigência passa a constar da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a Lei 9.394/96. O projeto altera ainda a lei que instituiu o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), para estipular que 75% dos recursos arrecadados pelo Fundo, de 2008 a 2013, sejam aplicados no acesso a redes digitais.

Uma proposta interessante, que merece ser acompanhada (e, FINALMENTE, o ilustre Senador Mercadante faz alguma coisa que presta.....já era hora!). Mas, quando se verifica o teor da outra notícia, nota-se um "problema":
Professores dos últimos anos do ensino médio em colégios no Reino Unido e norte da Irlanda afirmam que seus alunos estão praticando plágio online, revelou a Association of Teachers and Lecturers (ATL) nesta terça-feira (22/01).
Entre os professores entrevistados, 28% acreditam que mais da metade do trabalhos dos alunos são plagiados de artigos da internet, e 58% acreditam que o plágio é um problema para o ensino.
“Recebi um trabalho que foi copiado e colado de tal forma que ainda tinha anúncios da página usada como fonte”, afirmou um professor.
A pesquisa mostrou ainda que 55% dos professores sentem que há pouca compreensão dos estudantes para diferenciar o que é uma pesquisa legítima e um plágio.
“Acho que a maioria dos estudantes que plagiam o fazem mais por ignorância do que desejo em trapacear. Eles querem ter sucesso com méritos próprios. Se ele entender o que é plágio, suas consequências e como referenciar corretamente trabalhos já publicados, o problema diminui”, opina Diana Baker, do Emmanuel College, em Durham.
A associação entrevistou 300 professores do norte da Irlanda, Gales e Reino Unido.

As matérias estão no site do IDG, aqui e aqui, respectivamente.

Obviamente, não sou contrário à expansão do acesso à internet - muito pelo contrário !
Mas vejo o mesmo problema que os professores do Reino Unido apontam: os alunos não estão preparados, ainda, para utilizar bem todos os recursos que a internet propicia.
Na verdade, muitas empresas ainda não sabem utilizar o enorme potencial da internet - quem dirá os alunos !!!!

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