26 de agosto de 2008

As pequenas empresas e as mudanças do ambiente de marketing

Graças à Lei Seca, tem havido uma série de mudanças para diversos tipos de negócios.
Seguradoras de carros passaram a oferecer serviços adicionais para transportar seus segurados de volta para suas casas, no caso de terem excedido o limite de álcool permitido na corrente sangüínea; bares e restaurantes mais "sofisticados" vêem tentando oferecer serviços de "entrega" - o delivery do próprio cliente.

São oportunidades de agregar valor ao serviço oferecido aos clientes.

Porém, no geral, o setor de bares foi o mais afetado - negativamente, uma vez que a freqüência caiu, assim como o consumo. E este setor é de grande importância na Economia:

Brasil tem 1 milhão de bares e restaurantes, que empregam 6 milhões
Por: Karin Sato - 22/08/08 - InfoMoney
"Este é o único setor presente em todos os municípios brasileiros", afirmou o presidente da Abrasel Nacional (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Paulo Solmucci Jr, durante a abertura do 20º Congresso da Abrasel, na última quarta-feira (20). Segundo ele, o País abriga hoje um milhão de bares e restaurantes, responsáveis pela geração de 6 milhões de empregos. Ele aproveitou a ocasião para lembrar das preocupações do setor com relação à Lei Seca, que proibiu o consumo de álcool por condutores de veículos em todo o território nacional. Solmucci falou ainda sobre a alimentação fora do lar e sua importância na economia nacional. "Um quarto de tudo que se consome em nosso setor diz respeito à alimentação fora de casa", garantiu, conforme publicou a Agência Sebrae.
Num primeiro momento, a Lei Seca causou mudanças significativas no comportamento do consumidor.
As pequenas empresas (especialmente microempresas) são maioria absoluta neste setor - e são as que mais acabam sofrendo com esta mudança no comportamento do consumidor, pois têm, via de regra, grande dependência de um número reduzido de produtos, sendo a cerveja uma das vedetes do portfólio.

Estas pequenas empresas, segundo "reza a lenda", costumam estar pouco preparadas para lidar com mudanças como esta gerada pela Lei Seca (comportamento do consumidor), sem falar das questões ligadas à tecnologia:
No mundo dos pequenos e médios negócios, as atenções estão voltadas a uma só preocupação: o atual crescimento econômico e o cenário para as empresas. Particularmente, isso é mais acentuado na América do Norte, do Sul e Europa Ocidental.
Mas, com tanta preocupação quanto à situação presente, não sobra espaço para a implantação de novas tecnologias, que podem ampliar a vantagem competitiva das empresas.

A constatação é da consultoria IDC, que, em um estudo, avaliou o nível de interesse e preocupação das PMEs com relação a cinco áreas diferentes: crescimento econômico futuro e condições de negócios, tecnologia verde, softwares como serviços, virtualização e uso da internet como uma fonte de negócios.

Embora tenham sido constatadas diferenças regionais, pequenas e médias empresas, no geral, se preocupam pouco com tecnologias novas e emergentes, mas dedicam muita atenção à discussão em torno das questões econômicas.

O estudo constatou ainda que há muitos fatores que podem levar a um aumento do nível de preocupação e interesse quanto à tecnologia e à economia futura. Por exemplo, entre as quatro ferramentas tecnológicas analisadas na pesquisa, a internet aparece como um elemento-chave, com potencial de se destacar cada vez mais, futuramente.

Além disso, a IDC espera crescimento da virtualização e dos serviços de software nos próximos 12 meses ou dois anos, na mesma medida em que as promoções de vendas ampliem suas forças.
Mas será que as pequenas empresas são realmente tão "despreparadas" para este tipo de questões ?
Quero começar a tratar deste tipo de "lenda" por aqui.

Outros posts virão sobre o tema.

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