Novamente, me deparo com uma reportagem num veículo de imprensa de grande prestígio, mas escrita com base numa premissa equivocada - o que, por conseqüência, gera resultados igualmente equivocados.
No jornal "O Estado de São Paulo" de hoje, 04/09, foi publicado um caderno especial sobre "sustentabilidade".
Primeiro, reproduzo alguns trechos da matéria que abre o suplemento, em versão digitalizada da própria página (para ver em tamanho real, basta clicar):
Como pode ser lido, ao final do primeiro parágrafo, a repórter Giovana Girardi escreve esta pérola:
Sustentabilidade. O consumidor tem ficado atento e quer produtos que tenham essa "marca", enquanto as empresas já notaram que podem aumentar seu valor de mercado com isso. Mas será que a palavra, e o conceito que ela carrega, são bem compreendidos ? E, mais do que isso, o que de fato é atitude concreta e o que é apenas marketing para ficar bem diante do consumidor?A repórter pretendia, justamente, apontar uma diferença entre o conceito e uma palavra - mas para isso recorreu a uma outra palavra, e aplicou "marketing" achando que o conceito fosse igual a "propaganda enganosa".
Mais uma desinformada que se mete a escrever sobre um assunto que desconhece.
Ê tristeza !!!!!!!
Para ler outros equívocos, seguem algumas das páginas do caderno: capa, página 2, página 3, página 6, página 7 e página 8.
Exatamente como uma repórter da Exame havia feito (como mostrei aqui e aqui), a repórter Giovana Girardi mostra que não fez a lição de casa - ou seja, não pesquisou sobre um assunto antes de se meter a escrever sobre ele. Se ela conhecesse o assunto, isso poderia passar despercebidamente; como ela obviamente não conhece.......
Loooooonge disso.
Ela dá a entender, em sua "reportagem" [sic], que empresas que valorizam a sustentabilidade têm valor de mercado superior, APENAS E TÃO SOMENTE graças à sustentabilidade.
Mentira.
Propaganda enganosa.
Ou, na torpe acepção da repórter, "marketing".
0 comentários:
Postar um comentário