É isso mesmo: uma matéria na Revista Época Negócios de Dezembro (na íntegra AQUI, para assinantes) trata de um desfile de moda da varejista Target, norte-americana. Eis um trecho da matéria:
Em plena Grand Central, a maior estação de trens e metrôs de Manhattan, roupas desfilam para lá e para cá sem ninguém dentro. Cenários de uma casa mudam instantaneamente, diante do público assombrado. Até uma árvore cresce e se estilhaça em pleno ar. Show de David Copperfield? Não. Hologramas, aqueles mesmos que surgiram diante de Luke Skywalker, na forma da princesa Leia, no primeiro Guerra nas Estrelas, de 1977. Mas agora é na vida real. Quando a rede de lojas Target usou o sistema no mês passado, em desfiles de dez minutos, abriu-se uma porta que pode significar a digitalização do mundo da moda. Giseles, afinal, são maravilhosas, mas cobram fortunas. Um desfile tradicional dura 15 minutos e custa US$ 200 mil. O show da Target, de custo não revelado, foi reapresentado 144 vezes para os novaiorquinos.
Ainda segundo a matéria, as "apresentações" (ou "desfile", quem sabe ?!) podem atingir um target de 2 milhões de pessoas que circulam pela Grand Central, além das milhares (ou milhões) que poderão ver o mesmo "desfile" no YouTube. Aliás, eis o vídeo:
Uma sacada genial !!!! Cada vez mais, as pessoas estão aprendendo a inserir os recursos (fantásticos) que as novas tecnologias criaram às campanhas de marketing....
Só para lembrar, a Target é uma empresa que consegue incomodar o gigante Wal-Mart !
Resumidamente, conto a história (que faz parte de um estudo de caso que eu uso com meus alunos, sobre o Wal-Mart):
Em setembro de 2005, o Wal-Mart veiculou anúncios de 8 páginas na revista americana Vogue, a “bíblia” do mundo fashion. A campanha, que deve se estender até 2007, a um custo de US$ 12 milhões, mostra consumidoras mesclando peças de seu guarda-roupa com itens comprados nos supermercados da rede. No mesmo mês de estréia da campanha, a empresa também patrocinou seu primeiro desfile na badalada semana de moda em Nova York. Em outubro do mesmo ano, a rede anunciou o lançamento de uma grife voltada ao público feminino: Metro 7, que estará à venda em 500 das 3.000 lojas do Wal-Mart nos Estados Unidos. O lançamento da Metro 7 é uma das muitas ações realizadas recentemente pela direção da empresa no caminho do “refinamento”.
A maior motivação para essa mudança atende pelo nome de Target, uma rede varejista que vem obtendo bons resultados nos últimos tempos porque conseguiu atrair a classe média alta americana com uma combinação de alimentos baratos e produtos com margens superiores — especialmente peças de vestuário. Resultado: no ano passado, conseguiu lucros de 6,4% sobre seu faturamento, quase o dobro do resultado do Wal-Mart. A Target hoje tem mais de 1.300 lojas nos Estados Unidos, faturamento anual de mais de 50 bilhões de dólares e, nos últimos quatro anos, conseguiu crescimento de mais de 50%. Outro motivo para a mudança, segundo análises de especialistas, é que existe espaço para que a rede fature mais com peças de vestuário: atualmente, boa parte do faturamento do Wal-Mart concentra-se nas vendas de produtos de mercearia, enquanto os itens de vestuário respondem por apenas 15% do faturamento e, como a Target vem mostrando, essas peças tornaram-se um forte chamariz para os consumidores e um poderoso dinamizador de lucros.
1 comentários:
Foi muito bom! Dias antes da apresentação, ela divulgava sua marca através de hologramas também. Eu achei uma grande idéia da Target uma vez que ela deseja de fortalecer no segmento. E cada vez mais eu percebo que os espaços no PDV destinado ao vestuário, só crescem.
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