10 de maio de 2008

Algumas novidades

Algumas pequenas alterações no layout geral do blog - afinal, já estava há um bom tempo sem nenhuma mudança.
Alguns itens do menu à esquerda foram "enxugados", para facilitar a leitura.
Outras fontes de informações foram acrescentadas, e mais algumas estão à caminho.

Enquanto isso, uma notícia desta semana do Valor Econômico (na íntegra aqui) chamou minha atenção:

A partir do final dos anos 80 e por toda a década de 90, o talco, aquele de passar no corpo, com cheiro de perfume, quase sumiu das prateleiras. Chegou a vender 1.500 toneladas por ano, o que é bem pouco. Tanto que a Unilever, até então a líder de mercado, encerrou sua linha de produção no Brasil em 1996. Mas a partir do ano 2000, as vendas voltaram discretamente a crescer, ano a ano. De 2002 para 2007, foram 56% de alta acumulada em faturamento. A indústria nacional chegou a 2,7 milhões de toneladas no ano passado, 10,7% mais que em 2006, quando foram vendidas 2,4 mil toneladas. Ainda assim, o consumidor tem dificuldade em achar um talco feito para adultos.

O aumento da demanda pegou a indústria despercebida. "Foi uma surpresa boa", diz o gerente de marcas da Perfumes Dana do Brasil, que produz talcos desde 1956, com as linhas Tabu e Herbíssimo. "Foi um aumento que aconteceu meio que na contra-mão, sem que se notasse a volta do produto", acrescenta.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, a Abihpec, 44% das vendas atuais são de talcos infantis; 41% de talcos para adulto e 15% para pés.

Mas ao contrário do que mostram os números, os adultos são os maiores consumidores, e não os bebês. Isso porque muita gente grande, que não encontra o produto para adulto, acaba comprando o de criança. Por isso, as vendas do talco infantil acabaram sendo impulsionadas também: subiram 29% de 2006 para 2007. O produto para o corpo destinado a adultos cresceu 13% e o para pés ficou praticamente estável, com 1,5%.

A indústria, o varejo e especialistas apontam várias causas para essa volta ao talco: melhoria da renda dos consumidores, uma certa onda de nostalgia e, por incrível que pareça, a onda verde. "Quem não gosta de usar aerossol, por causa dos danos que pode causar à camada de ozônio, prefere talco", diz a consultora para indústria de cosméticos Sonia Corazza.

O gerente da Johnson & Johnson, Leonardo Bastos, concorda. "O talco é um produto que retira a umidade e portanto, refresca. Muita gente usa para sentir menos calor", diz ele. É por isso que a Índia, segundo o instituto Euromonitor, é o maior consumidor mundial de talco (os indianos usam quatro vezes e meia mais que os brasileiros). E também é por essa razão que no verão, as vendas sobrem 20%.

Mesmo com todo esse bom crescimento, o talco ainda é um produto que passa despercebido pela indústria e pelo varejo. Na tradicional Memphis, fabricante do talco Alma de Flores, o produto, que é feito a partir de um mineral chamado esteatita, representa 15% do faturamento líquido, que no ano passado foi de R$ 96 milhões.

"Não temos pesquisas de mercado a respeito do produto, mas acreditamos que entre os talcos para adultos, somos líderes de mercado", diz Clóvis Cortesia, diretor de marketing da Memphis.

Mas o que muito consumidor quer, principalmente os atraídos pela moda "vintage" ou aqueles com idosos para presentear, é a talqueira com pluma para aplicação. Essa embalagem, entretanto, não existe mais no mercado, a não ser que seja importada. Os talcos de grife, vindos da Europa, chegam a custar R$ 60 - dez vezes mais que os nacionais. Há dois anos, a Memphis lançou uma edição limitada, com a talqueira e o pom-pom aplicador, a pedido dos consumidores. Vendeu as 50 mil unidades em seis meses. "Foi um sucesso, mas com custo operacional muito alto", lembra Cortesia. Agora com novos adeptos para o talco, a Memphis estuda relançar o produto. Mas prefere aguardar as vendas se consolidarem mais.

Um excelente exemplo das mudanças no comportamento do consumidor - que, neste caso, pegou a indústria desprevenida.
Interessante notar, ainda, a franqueza da Diretora de Marketing da Memphis (eu destaquei o trecho em negrito), que admite não há nenhum tipo de pesquisa sobre o assunto.
Uma sugestão à empresa: providenciem um levantamento de informação PARA ONTEM, pois a tendência, aparentemente, vai continuar apontando para aumento do consumo.......

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