26 de novembro de 2007

Poder ao consumidor - mais

Já comentei isso anteriormente, mas uma matéria publicada pela Revista Consumidor Moderno (na íntegra, aqui), me provocou a retomar o assunto.
Em determinado trecho, a matéria afirma traz o seguinte: Christina Larroude de Paula, gerente de marketing da Procter & Gamble complementou: "Não somos mais donos de nossas marcas". Segundo ela, as marcas da Procter são tema de inúmeras comunidades na internet e blogs, e não há como interferir nesse processo. "A mensagem não é mais o que queremos dizer, mas o que o consumidor quer escutar", disse.

Neste sentido, cabe complementar com uma notícia "auspiciosa" que li no portal UOL há pouco: numa enquete promovida pela "G Magazine", foram eleitos os carros mais gays do Brasil - segundo opinião de leitores da revista. A notícia na íntegra está aqui.
O que eu quero discutir é justamente a "leitura" dos consumidores sobre o que é um "carro gay".
Dos 10 carros "eleitos" na pesquisa da G Magazine, 9 são "hatches" clássicos (para quem não entende muito de carro, "hatch" é o modelo "com bunda curta").
Numa eleição semelhante, o Peugeot 206 Cabriolet já havia sido eleito, nos EUA, o carro mais "gay".....

O que leva um carro a ser considerado "gay" eu não sei. Mas, em vista do aumento do poder que o consumidor vem tendo, caberia ficar atento, inclusive, às convicções, impressões e valores INCLUSIVE do público GLS. Estou orientando um trabalho de conclusão de curso de graduação sobre este tema, e percebi que há uma escassez absurda sobre o estudo do comportamento do consumidor GLS....
Não sei se há MUITAS diferenças entre o comportamento do consumidor hétero e gay, mas o frustrante é perceber que há poucas (raríssimas, na verdade) pesquisas BOAS sobre isso.

De qualquer forma, o consumidor GLS tem, cada vez mais, "saído do armário" (o trocadilho é inevitável!), e as empresas precisam conhecê-lo melhor, para poder oferecer produtos e serviços que atendam suas preferências e necessidades. Em diversos posts já tratei do aumento do poder do consumidor percebido nos últimos anos - e o segmento GLS está certamente incluso nesta tendência.

É um segmento (já deixou de ser "nicho") em ascensão, com alto poder de consumo, e exigências igualmente elevadas. E que merece mais atenção...

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